segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Propriedade intelectual é o motor da competitividade

Propriedade intelectual é o motor da competitividade
Segundo o Jornal Folha de São Paulo, 02 de janeiro de 2011, o Brasil esta para trás na corrida por patente (brand). Apesar do avanço na economia, não consegue chegar a 1% do total de registros de inovação no mundo.
A propriedade intelectual é uma ferramenta indispensável para a geração de novos negócios nesta era do conhecimento. Muitos rótulos conceituais tentam definir o período que vivemos, podemos afirmar que as atuais mudanças são, simultaneamente, causa e conseqüência da globalização, “conceito guarda-chuva” que nomeia e abriga uma série de transformações políticas, econômicas e culturais, cujo ponto central é a integração mundial dos mercados, explorador por corporações multi e transnacionais. Rapidamente, vai se concretizando a profecia de McLuhan (1969) de que o planeta se tornaria uma gigantesca “aldeia global”. Porém, alguns autores realçam a troca de informações via redes digitais, como, por exemplo, Sociedade da Informação (nomenclatura adotada por muitos países), Sociedade do Conhecimento e Sociedade em Rede (CASTLLS, 1999). Outros ainda, “desencantados” com a crescente perda da referenciação, ou seja, perda da fidelidade dos signos às suas contrapartidas no mundo “real” enfatizam o caráter fantasmagórico dos signos na pós-modernidade como Baudrillard, 1991 em simulacros e Debord, 1997, que cunhou a expressão Sociedade do Espetáculo.
O Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual, responsável pelo exame de pedidos de patentes (brand) no Brasil tem atualmente um grande gargalo: a diferença entre o número de depósitos e sua capacidade de exame. Talvez isso ocorre devido a evanescência da informação causada pela cultura digital ou para os estudiosos em comunicação “o ciberespaço” que acaba gerando uma tremenda confusão, pois a primeira palavra que vem a mente é a internet. O Ciberespaço é o ponto de confluência das redes, sendo, portanto, o espaço composto por todos os computadores conectados, podendo ser empregado tanto para rede física, como para as trocas semânticas – chamado de por muitos de espaço virtual.
Desta forma, o Inpi possui um atraso de 8 anos em seus pedidos, sinal que a tecnologia evoluiu e a mente humana ainda opera com lentidão. Se o homem criou a máquina para ter agilidade em seus processos, porque será que ele foi posto para trás dela? Entretanto, conhecimento é um saber de grau elevado: se o dado pode gerar uma informação, o conhecimento só pode ser gerado a partir de uma informação processada e interpretada pela mente humana, mediante o confronto com/entre outros dados e informações. Seria neste caso uma crise de paradigmas? Um ponto a ser lembrado é que o novo período requer uma nova visão de mundo. Ora, para tal, é preciso refletir sobre a maneira como entendemos o mundo, ou seja, como este mundo, com seus seres, fatos, fenômenos e relações que impactam em nossa mente e nos faz reagir frente a algumas situações. Afinal, quando um novo paradigma se instala, a primeira reflexão que ele nos solicita é justamente essa: como percebemos o mundo que nos cerca e como reagimos frente a um estímulo.
Para o Brasil tornar-se um país inovador, é necessário despertar a nação, sobretudo ao ponto de vista universal do melhor aproveitamento da informação, para que ela se torne um conhecimento necessário à propriedade intelectual. O sistema de propriedade intelectual (brand) deve proteger os frutos da atividade criativa e inventiva e respectivos investimentos. O homem cria para aprimorar suas capacidade e satisfazer suas necessidades, mas acima de tudo gera renda, economia. A marca deve nesta ação alcançar ao longo do tempo seu desenvolvimento por meio de marketing e publicidade, o segredo do negócio, segundo Poster, 1995, p. 57-60 apud SANTAELLA, 2003, p. 125-126, “a sociedade informacional produz uma reconfiguração da linguagem, constituindo os sujeitos culturais fora do padrão do indivíduo racional e autônomo que caracterizou a cultura impressa. Esse sujeito multiplicado, dessiminado e descentrado, é continuamente interpelado como uma identidade instável”.
Com rege a filosofia, não só de estética e dialética regem as comunicações, é preciso da ética e da lógica para deter os direitos para proteger uma marca contra o uso não autorizado de seus produtos, processos e serviços. A organização deve incorporar em seu patrimônio à patente junto ao Inpi seja ela uma marca nominativa, figurativa, mista ou tridimensional. Tal ação impera e oferece satisfatoriamente segurança, permitindo que se defenda da concorrência e auferir lucros.
Somente assim, espera-se que o Brasil, além de importante exportador de matéria-prima converta-se ao protagonismo de uma nova economia mundial e criativa, baseada não só em seus recursos naturais, mas produtivos de promoção e inovação que conseqüentemente comercializa produtos e processos por meios eficientes da melhor qualidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário